O LIVRO DOS MORTOS
Gosto de história. Do Egito, da Grécia, de Israel, da China, do Brasil. Há sempre uma lição a ser assimilada. Como diz o adágio popular: “Aprender com as lágrimas dos outros custa mais barato!”.
Recentemente fui pesquisar sobre o Livro dos Mortos. Descobri que os egípcios acreditavam que, quando uma pessoa morria, a alma era julgada por Osíris, o deus da fertilidade, responsável pelo nascimento das crianças. Bem, e como ocorria este julgamento? Osíris colocava o coração do morto numa balança e, se as ações pesassem bastante, ele iria para um paraíso. Os egípcios – que não eram brasileiros, porém, tinham também o seu “jeitinho” –, resolveram dar “uma mão” para os mortos. Eles colocavam no túmulo, ao lado do falecido, o Livro dos Mortos.
O Livro dos Mortos era um manual de perguntas e respostas que ensinava a convencer o deus Osíris de que ele, o morto, tinha sido “boa gente” aqui na terra. Bem, a idéia até parece bonita, mas à luz do Evangelho é completamente inútil. A Bíblia ensina que a vida eterna não é conquistada por boas obras, mas pela Graça, “pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que o julgasse, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado” (Jo 3.17,18). Ao concluir a sua abordagem sobre esta questão, Nosso Senhor ensina: “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
Você percebeu? O nosso negócio não é com o Livro dos Mortos, mas com o Livro da Vida. As Escrituras Sagradas também nos ensinam que a nossa maior alegria deve vir da certeza de que os nossos nomes estão escritos no Livro da Vida (Lc 10.20 e Ap 20.12-15). Entre a balança de Osíris e as mãos furadas de Jesus, não tenha dúvida. Corra para o lado certo, pois em Cristo não há mais condenação.
Deputado Ismael